Preocupado com os
reflexos da estiagem que novamente assola nosso Estado, e que já está afetando
financeiramente as Cooperativas, o presidente da Cermissões Sr. Diamantino
Marques dos Santos, tomou a iniciativa, e após contato com vários presidentes de
Cooperativas da nossa região, associadas a FECOERGS, solicitou, e a Federação
das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do
Sul, enviou ofício com teor de urgência, ao presidente da OCERGS/SESCOOP Darci
Pedro Hatmann, pedindo a reavaliação da contribuição cooperativista de 2023 das
Cooperativas de Infraestrutura.
A solicitação diante das
demandas das Cooperativas, foi acompanhada das seguintes justificativas:
- 70% dos associados
das cooperativas de infraestrutura, consumidores de energia elétrica, são
pequenos agricultores e que sobrevivem da agricultura familiar.
- A seca que assola,
principalmente o Rio Grande do Sul, não atingiu os demais estados brasileiros,
está provocando um impacto, negativo, econômico e financeiro, principalmente
aos pequenos produtores.
- Os produtores rurais,
tem como insumo básico na produção a energia elétrica, que se não é o mais
importante é um deles, pois auxilia no aumento da produtividade e mantém os
pequenos agricultores, no meio rural, produzindo e gerando emprego e renda.
- O Governo Federal,
por Decreto, em 2018, determinou a retirado dos descontos das tarifas dos
consumidores rurais, em 5 anos e que deverão ser zerados, os descontos, em
2023, provocando um aumento tarifário muito acima da inflação para os
produtores rurais.
- Com a seca no RGS, as
nossas cooperativas já estão sentindo a dificuldade destes associados manterem
em dia suas contas de energia, elevando a inadimplência.
- Outro fator decisivo
é a escassez de água, necessária para a produção de hortaliças (verduras e
legumes), frutas, piscicultura, produção de leite, frango, fumo, suínos,
pequenas lavouras e pastagens.
- Contribuindo ainda
com as dificuldades existe uma redução do alojamento de frangos e suínos e uma
diminuição da produção de leite, o que resulta em menor receita.
- Além disto, a
ampliação da instalação de painéis solares nas residências e propriedades rurais,
está, também, diminuindo a receita das nossas cooperativas, pois não recebem
dos produtores.
- O cálculo da
contribuição cooperativistas se dá em cima do somatório do Capital
Integralizado, mais Fundos e Reservas das cooperativas, porém, o patrimônio são
redes e subestações que não podem ser revertidos em recursos financeiros, como
seriam os prédios e armazéns.
O ofício encaminhado a OCERGS/SESCOOP, foi assinado pelo presidente da FECOERGS Erineo José Hennemann.