CERMISSÕES
Carregando ...

CERMISSÕES PARTICIPOU DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE FLUXO REVERSO DE POTÊNCIA

Data: 27/10/2023

Cermissões registrou queda de 54% nos pedidos de ligações de energia solar em 2023

O Presidente da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Deputado Zé Nunes, convidou as entidades do setor de energia, para debaterem em audiência pública na quarta-feira, 25/10, o Fluxo Inverso de Potência.

A Cermissões foi representada no evento que aconteceu no Plenarinho da Assembleia Legislativa em Porto Alegre, pelo Engenheiro Eletricista Nerisom Rohleder, e pelo Assessor de Comunicação Vanes Della Flora.

Em janeiro de 2022, foi promulgada a Lei Federal 14.300/2022, conhecida como Marco Legal da MMGD – Micro e Mini Geração Distribuída, a qual tem gerado algumas divergências entre vendedores de sistemas de geração de energia solar e as distribuidoras de energia.

Na audiência pública, os representantes do setor de energia solar fotovoltaica, alegaram que o setor entrou em crise, em virtude da reprovação de novos projetos pelas Concessionárias de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul, sob a argumentação dos problemas técnicos ocasionados nos sistemas de distribuição de energia, principalmente o Fluxo Inverso de Potência, informando a necessidade de adequações e investimentos para viabilizar novas ligações de energia gerada por meio de placas solares, conforme previsto na resolução 1.059/23 da ANEEL.

A inversão de fluxo na rede de distribuição ocorre quando a quantidade de energia gerada pelos sistemas de Geração Distribuída (GD), supera a demanda dos consumidores conectados à mesma rede. Essa situação pode levar a problemas como sobrecarga, desequilíbrio de tensão e interrupções no fornecimento de energia elétrica.

REPRESENTANTES DA CEEE EQUATORIAL E DA RGE APRESENTARAM DADOS TÉCNICOS DAS EMPRESAS

A CEEE – Equatorial foi representada na Audiência Pública, por Júlio Hofer, e a RGE, por Cristiano Pires, os quais afirmaram que as empresas cumprem a legislação do setor, e estão atendendo as demandas.  

Conforme Júlio, a principal divergência entre os setores, é quanto à necessidade de obras, quando os clientes solicitam uma potência maior na GD, e isso gera uma obrigação de adequação da rede da Concessionária, e pelo regramento da ANEEL, existe um cálculo que deve ser obedecido, de participação financeira da GD, para cobrir o custo da adequação, justamente para evitar que esse custo seja incluído na tarifa de energia de todos os consumidores. “Do total de projetos apresentados junto a CEEE, somente 1,9% não foram aprovados, dos quais foram apresentadas as alternativas para suas ligações, e precisamos cumprir as regras da ANEEL, inclusive para não sofrer punições”, destacou Júlio. 

FECOERGS REPRESENTOU AS COOPERATIVAS NA AUDIÊNCIA

A Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, convidada para a audiência pública, foi representada pelo Engenheiro Eletricista Luis Osorio Dornelles.

Para Osório, o Fluxo Reverso de Potência, é um problema técnico enfrentado pelas distribuidoras de energia, e esse problema deve ser tratado em âmbito técnico, levantando as questões que impactam nas Cooperativas. Hoje o Fluxo Reverso representa um problema também econômico, uma vez que a Cooperativa que possui Fluxo Reverso com a sua supridora, está pagando duas vezes sua tarifa, pois está pagando a tarifa cheia e tendo que fazer a compensação no outro lado. Outro fator preocupante é a estabilidade do sistema elétrico, pois segundo a ONS, nas questões de alívio de carga, devem ser desconsiderados os alimentadores com Fluxo Reverso, e na realidade das Cooperativas existem muitos alimentadores nesta situação. Precisamos tratar as coisas como elas são no âmbito técnico, e não superficialmente como foi tratado na audiência, pois os problemas técnicos do fluxo reverso é um fato, um dado, não é uma opinião, e a realidade se impõe, e precisamos aprofundar o debate sobre o tema, para não pagar um alto preço a curto e médio prazo. Quem alertou a ANEEL, já há alguns anos sobre esse problema do Fluxo Reverso, foi a FECOERGS, que esse problema se tornaria maior no futuro, e agora estamos retomando esse debate, salientou Osório.

SINDICADO DOS ENGENHEIROS DO RIO GRANDE DO SUL ACOMPANHOU A AUDIÊNCIA PÚBLICA

O SENGE, Sindicado dos Engenheiros do Rio Grande do Sul, teve como representante na audiência pública, o Vice-presidente Diego Oliz.

Como instituição de engenharia, acreditamos que os projetos possam ser implementados, seguindo as normas técnicas reguladas pela ANEEL, mas de forma mais ágil. Estamos vendo com bons olhos esse debate sobre o tema, para conseguir um consenso para acelerar os processos, destacou Diego.

Alexandre Jung, representante da Agergs, disse que a agência estadual tem feito fiscalização nas concessionárias.

REGULAMENTAÇÃO FOI NECESSÁRIA PARA EVITAR UM POSSÍVEL COLÁPSO NO SISTEMA

Para o Engenheiro Nerisom, a regulamentação da ANEEL, através da Lei 14.300/22, foi fundamental para evitar um possível colapso nos sistemas de distribuição de energia, em virtude do Fluxo Reverso. Já enfrentamos vários problemas técnicos em nossas redes, e precisamos investir constantemente em nossos sistemas de distribuição para receber a energia gerada pelas placas solares durante do dia, e garantir o abastecimento a todos os associados durante a noite, e nos últimos anos o consumo noturno aumentou em razão dos descontos aos irrigantes. Não negamos nenhuma ligação de GD, mas estamos cientes que todos os investimentos que a Cermissões fez, acabam onerando a tarifa de todos os associados, inclusive dos que não tem GD, e estar presente na audiência pública é muito importante, para ampliarmos nossos conhecimentos, debater com demais distribuidoras e colegas, e assim agirmos corretamente junto aos nossos associados, salienta Nerisom.

REPRESENTANTES DA CERMISSÕES VISITARAM GABINETES DOS DEPUTADOS

Aproveitando a estadia em Porto Alegre, os representantes da Cermissões mantiveram contato com diversos deputados e assessores que representam a nossa região no Parlamento Gaúcho. Foram visitados os gabinetes dos Deputados, Eduardo Loureiro, Elton Weber e Vilmar Zanchin (Presidente da Assembleia).

Durante audiência com o Deputado Elton, que também preside a Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo do RS, foi possível explanar as dificuldades das distribuidoras de energia no enfrentamento dos problemas causados pelo Fluxo Inverso. “Precisamos tomar conhecimento da situação, para agirmos de forma correta, e não haver prejuízos para ninguém”, disse Elton.

CERMISSÕES REGISTRA QUEDA DE 54% NOS PROJETOS DE GD EM 2023

Desde janeiro deste ano, quem contratou o sistema de painéis solares, está pagando pelo uso da infraestrutura que as distribuidoras de energia disponibilizam para períodos onde a geração simultânea não é gerada.

O pagamento escalonado da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd fio B) começou em 15%, em janeiro de 2023; vai a 30%, a partir de 2024; depois 45%, a partir de 2025; a 60%, em 2026; a 75%, a partir de 2027; a 90%, a partir de 2028; e a partir de 2029 ficará sujeito à tarifa estabelecida pela Aneel.

Desde a entrada em vigor desta normativa, o número de conexão por GD, diminuiu consideravelmente junto a Cermissões.

Conforme levantamento realizado pelo fiscal de obras e microgeração Rômulo Hartmann, ao todo, foram instalados 3.042 sistemas de microgeração de energia (placas solares), interligados nas redes da Cermissões, o que representa 9,49% dos associados da Cooperativa, com uma capacidade de geração de 27.603,94 kW, para compararmos, isso representa 54% da capacidade da Subestação Santo Antônio de São Luiz Gonzaga.

Desde o dia 7/1, data da entrada em vigor da cobrança de 15% para uso da estrutura dos sistemas de distribuição de energia, até outubro de 2023, foram 627 novos projetos protocolados junto a Cermissões, para instalação de placas solares. “Houve uma queda considerável, superior a 54%, nas solicitações de implantação de placas solares, após a inclusão da tarifa de 15%”, e a tendência é que este percentual aumente, pois, os pedidos protocolados até a data limite em janeiro, tinham prazo de 120 dias para instalação, sendo estes computados nesta relação de 2023”, relatou Rômulo.

Cermissões, a Luz das Missões! 


Vanes Davi Della Flora
Assesor de Comunicação

Data: 01/05/2024  
PARABÉNS PRESIDENTE DIAMANTINO!
Saiba mais

Data: 30/04/2024  
CONSELHEIROS REUNIRAM-SE NA CERMISSÕES
Saiba mais

Data: 26/04/2024  
SITRACOOPER ENTREGA BRINDES AOS FUNCIONÁRIOS DA CERMISSÕES
Saiba mais